Trump impõe tarifa de 50% sobre exportações brasileiras e cita STF e Lula como justificativa
- Educadora Redação
- 10 de jul.
- 2 min de leitura
Medida entra em vigor em 1º de agosto; ex-presidente dos EUA alega relação comercial injusta e critica decisões do STF e julgamento de Bolsonaro.
Em 9 de julho de 2025, o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, enviou uma carta oficial ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva anunciando a imposição de uma tarifa de 50% sobre todas as exportações brasileiras para os EUA, com início em 1º de agosto. A justificativa apresentada por Trump é de que a relação comercial entre os dois países seria “injusta”, com o Brasil supostamente impondo barreiras tarifárias e não tarifárias que teriam provocado déficits comerciais para os norte-americanos.
A decisão gerou forte repercussão internacional e foi imediatamente associada a fatores geopolíticos e eleitorais, já que Trump é o principal pré-candidato republicano à presidência dos EUA. Apesar da alegação de déficit, dados do Departamento de Comércio norte-americano mostram que os EUA mantêm superávit comercial com o Brasil desde 2009.

Na carta, Trump também fez duras críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) brasileiro, acusando a Corte de emitir ordens de censura contra plataformas de mídia social dos EUA — o que, segundo ele, seria uma violação à liberdade de expressão. Ele não apresentou provas das acusações.
Outro ponto controverso da carta foi a crítica ao julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que Trump classificou como uma “vergonha internacional” e parte de uma suposta “caça às bruxas” contra líderes conservadores.
Segundo o ex-presidente, empresas brasileiras que quiserem evitar a nova tarifa deverão transferir sua produção para os Estados Unidos. "A melhor maneira de escapar da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras é produzir em solo americano", declarou.
Especialistas avaliam que a imposição da tarifa de 50% sobre exportações brasileiras não tem base econômica sólida e deve ser lida dentro de um contexto maior de polarização política nos Estados Unidos, sobretudo em um ano eleitoral.
A medida já é alvo de críticas de setores industriais brasileiros e norte-americanos, que alertam para o risco de aumento nos custos e tensões bilaterais.
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