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Nota Fiscal Eletrônica mobiliza pequenos produtores rurais em Camaquã com mudanças previstas para 2026

  • Foto do escritor: Joel Araujo
    Joel Araujo
  • 5 de jun.
  • 3 min de leitura

Com a digitalização obrigatória da nota fiscal a partir de janeiro de 2026, agricultores participam de encontros promovidos pelo Sicredi e Emater/RS-Ascar para entender o novo sistema.


A partir de janeiro de 2026, a Nota Fiscal Eletrônica (NF-e) passará a ser obrigatória para pequenos produtores rurais do Rio Grande do Sul, marcando um importante passo rumo à digitalização do campo. A iniciativa, promovida pela Secretaria da Fazenda do Estado (Sefaz-RS), integra o processo de modernização fiscal no meio rural.



Em Camaquã, as mudanças já começaram a mobilizar os agricultores. Recentemente, o tema foi discutido em reuniões organizadas pelo Sicredi, em parceria com a Emater/RS-Ascar. O encontro mais recente foi realizado na Sociedade Agrícola Feliz, localizada na comunidade de Santa Alta, e contou com a presença de mais de 120 participantes, interessados em conhecer o novo sistema e tirar dúvidas.

Durante o evento desta quinta-feira (5), o gerente do Sicredi, Raniery Souza, explicou que o principal objetivo das reuniões é orientar os produtores sobre o funcionamento do aplicativo Nota Fiscal Fácil (NFF), desenvolvido pela Sefaz-RS. Segundo ele, a ferramenta é intuitiva e permite que o agricultor cadastre propriedades, transportadores e destinatários antes de gerar a nota.


Nota eletrônica será obrigatória para produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil a partir de julho.
Nota eletrônica será obrigatória para produtores rurais com receita bruta superior a R$ 360 mil a partir de julho. Foto: ASCOM Sefaz

Funcionalidade offline e ambiente de testes

Um dos destaques do aplicativo é o modo offline, que possibilita a emissão da nota mesmo em locais sem sinal de internet. “A nota é gerada no meio da lavoura e enviada automaticamente assim que o celular se reconecta à internet”, explicou Raniery. O sistema ainda oferece um modo de testes, permitindo que o produtor se familiarize com a plataforma antes de usá-la oficialmente.

Para facilitar a adesão de produtores com menos familiaridade tecnológica, o sistema permite o cadastro de operadores auxiliares, como filhos ou netos, para ajudar na emissão das notas.



Fim dos blocos em papel

O gerente também anunciou que os antigos blocos de papel, como o modelo 15, serão gradualmente substituídos pelo novo sistema eletrônico. Em situações em que a inscrição estadual é compartilhada com o cônjuge, o app permite vincular ambos os nomes, mantendo a legalidade e funcionalidade no meio digital.

Agricultores que já estão utilizando o sistema relataram uma experiência positiva. Segundo eles, a ferramenta evita erros, elimina rasuras e dispensa o uso de talões físicos, sendo considerada mais prática do que o modelo tradicional.



Cronograma da obrigatoriedade

De acordo com a Sefaz, a implantação da NF-e será escalonada. Os produtores com receita bruta anual acima de R$ 360 mil deverão adotar o sistema a partir de julho de 2025, enquanto os pequenos agricultores terão até 5 de janeiro de 2026 para se adaptar. Raniery alertou que os prazos podem ser alterados, mas recomendou que os produtores iniciem os testes o quanto antes.



Conta GOV.BR é essencial

Um ponto essencial para acessar o aplicativo é possuir uma conta ativa no GOV.BR, login já utilizado em diversos serviços públicos, como a Carteira Digital de Trânsito. “A digitalização no campo é uma realidade, e os agricultores precisam estar preparados”, ressaltou Raniery.

Segundo ele, a Nota Fiscal Eletrônica representa um avanço na simplificação das operações, segurança das transações e controle fiscal, promovendo maior transparência e eficiência na comercialização de produtos agrícolas.


Fonte: Clic Camaquã


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