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Lula Usa Tarifação de Trump Para Reforçar Popularidade e Avançar na Estratégia Política, Apesar da Queda na Bolsa

  • Redação
  • 21 de jul.
  • 2 min de leitura

Mesmo com o mercado financeiro em queda, o presidente Lula transforma o “tarifaço” dos EUA em ferramenta política, fortalece sua narrativa nacionalista e ganha apoio popular e da grande mídia.

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem conduzindo uma jogada política arriscada, porém calculada, após o anúncio do tarifaço de 50% imposto pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre produtos brasileiros. Enquanto o mercado financeiro reage com quedas na bolsa e na moeda brasileira, Lula transforma a crise internacional em trampolim político, fortalecendo sua base de apoio e ganhando pontos na opinião pública.

A estratégia do governo inclui discursos patrióticos, mobilização da mídia favorável e o reforço da narrativa do “nós contra eles”, que coloca Trump e setores conservadores brasileiros como adversários da soberania nacional. “O Brasil não será refém de ninguém”, disse Lula em pronunciamento, adotando tom firme contra o protecionismo norte-americano.

Lula discursa em cadeia nacional sobre as tarifas impostas por Trump, reforçando sua estratégia política nacionalista
Foto: © Ricardo Stuckert/PR

Grande Mídia Amplifica Narrativa Nacionalista

Veículos de comunicação de grande alcance, repercutiram amplamente a retórica do governo, ajudando a consolidar a imagem de Lula como defensor dos interesses nacionais frente ao que chamou de “chantagem internacional”. Segundo análises, a oposição ficou sem reação clara, permitindo que Lula dominasse a narrativa do episódio.

Especialistas apontam que Lula usou o episódio para realinhar setores da imprensa ao seu favor e fortalecer a imagem de líder popular e combativo. Reportagens destacam a habilidade do presidente em transformar a crise em oportunidade, apesar das incertezas econômicas.

Popularidade de Lula Sobe Mesmo com Queda da Bolsa

Dados da pesquisa Genial/Quaest, divulgados entre os dias 10 e 14 de julho, mostram que a aprovação do governo Lula subiu de 40% para 43% após o anúncio das tarifas, enquanto a rejeição caiu de 57% para 53%. A movimentação política do Planalto parece ter surtido efeito imediato na percepção popular.

Entretanto, o mercado reagiu de forma oposta. O Ibovespa acumulou queda de 0,64% no último pregão e o real desvalorizou mais de 2% frente ao dólar. O JPMorgan estima que o impacto das tarifas sobre o PIB brasileiro pode ser de até 1,2% caso a medida norte-americana entre em vigor.

Manobra Política do PT Coloca em Xeque os Custos Econômicos

Economistas alertam que o ganho político pode ser momentâneo. Caso as tarifas sejam efetivamente implementadas em agosto, os custos sobre exportações e inflação devem ser sentidos pela população, o que pode reverter o cenário favorável ao governo.

Ainda assim, a atual estratégia do PT parece ter dado certo até o momento. Lula conseguiu realinhar a base política, mobilizar a imprensa e desviar o foco de crises internas, ganhando tempo e reforçando sua posição para uma eventual campanha à reeleição.

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