Guaíba atinge cota de inundação no Cais Mauá e alagamentos voltam a preocupar Porto Alegre

Nível do Guaíba alcançou 3 metros na manhã desta quarta-feira (25); transbordamento de bueiros causa alagamentos em ruas da zona norte da Capital.

O lago Guaíba voltou a preocupar moradores de Porto Alegre nesta quarta-feira (25), ao atingir a cota de inundação no Cais Mauá. O nível chegou a 3 metros durante a manhã, segundo medição oficial. Às 7h, houve leve recuo para 2m99cm, ainda dentro do patamar de risco.

Na Usina do Gasômetro, outro ponto de medição, o nível estava em 3m42cm às 6h15min. A cota de inundação naquele local é de 3m60cm. Já nas ilhas de Porto Alegre, a situação é mais crítica: a cota de inundação de 2m20cm foi ultrapassada desde o último sábado (21).

Desde a última sexta-feira (20), o Guaíba já está acima da cota de alerta, que é de 3m na Usina do Gasômetro e 2m30cm no Cais Mauá. A Defesa Civil segue monitorando a situação, com atenção especial para o impacto nas áreas urbanas.

Entenda as cotas de risco

• Cota de atenção: possibilidade moderada de ocorrência de inundação

• Cota de alerta: possibilidade elevada de inundação

• Cota de inundação: início dos danos visíveis no município

• Cota de inundação extrema: danos severos e generalizados

  

Alagamentos na capital

Além do avanço das águas do Guaíba, moradores da zona norte de Porto Alegre enfrentaram alagamentos em vias urbanas. Ruas como Álvaro Chaves, Voluntários da Pátria e a Avenida Polônia, no 4º Distrito, registraram transbordamento de bueiros.

Em algumas áreas, a água jorrava dos bueiros mesmo com a presença de sacos de areia como contenção improvisada. O acúmulo de água dificultou o trânsito e causou transtornos a moradores e comerciantes da região.

O que diz o Dmae

O Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) informou que o extravasamento de água ocorre nos condutos forçados Polônia e Álvaro Chaves. O órgão esclarece que um projeto de reforço na drenagem urbana foi contratado após a cheia histórica de 9 de julho de 2024 e finalizado em maio de 2025.

A obra, que prevê investimento superior a R$ 1,2 milhão, ainda aguarda a formatação do edital de licitação para ser executada em definitivo. Enquanto isso, o Dmae reforça a necessidade de medidas emergenciais e monitoramento contínuo em áreas de risco.