Governo inicia última etapa de desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento em Porto Alegre
- Redação
- 26 de mai.
- 3 min de leitura
Famílias começam a ser transferidas para moradias temporárias no bairro Santa Rosa de Lima; CHA do Centro Vida será encerrado até o fim da semana.
O governo do Rio Grande do Sul iniciou neste domingo (25/5) a última etapa de desmobilização do Centro Humanitário de Acolhimento (CHA) localizado no Centro Vida, em Porto Alegre. A operação, conduzida pela Secretaria de Habitação e Regularização Fundiária (Sehab), conta com apoio da prefeitura da capital e da Organização das Nações Unidas para Migrações (OIM).
Nesta primeira fase da transição, 20 famílias foram transferidas para moradias temporárias instaladas no bairro Santa Rosa de Lima, na zona norte da cidade. Cerca de 116 pessoas ainda estavam abrigadas no CHA. As mudanças continuarão ao longo da semana até a completa desmobilização da estrutura. No total, Porto Alegre já conta com 80 casas temporárias prontas para receber as famílias.
A iniciativa integra o Plano Rio Grande, um programa liderado pelo governador Eduardo Leite com foco na reconstrução das áreas afetadas pelas enchentes e na construção de soluções habitacionais dignas e sustentáveis. Segundo o secretário da Habitação, Carlos Gomes, o Estado está empenhado em garantir moradia e dignidade às famílias atingidas:
“A busca de moradia para as pessoas atingidas é o caminho que percorreremos cotidianamente. Queremos consolidar uma política habitacional capaz de transformar vidas”, declarou.
A OIM acompanha de perto o processo de transição, garantindo que a realocação ocorra com segurança e dignidade. As famílias recebem transporte, vale-alimentação por três meses e apoio financeiro para a compra de móveis e utensílios domésticos.

“Ao longo desses dez meses, os CHAs cumpriram um papel essencial no acolhimento das pessoas afetadas. Agora, nosso trabalho é assegurar a reintegração das famílias ao seu cotidiano”, destacou Eugênio Guimarães, coordenador de Operações da OIM no RS.
Centros Humanitários de AcolhimentoOs CHAs foram criados em julho de 2024 como resposta emergencial às enchentes no Estado. Com apoio da Fecomércio e gestão da OIM, foram instaladas três unidades — duas em Canoas e uma em Porto Alegre —, que abrigaram ao todo 1.184 pessoas, com pico de 800 simultaneamente. Os centros ofereciam estrutura completa com cômodos individuais, brinquedoteca, lavanderia, espaços de lazer, quatro refeições diárias e atendimento psicossocial, médico e de empregabilidade. As unidades serão encerradas até junho de 2025.

Moradias TemporáriasAs novas casas fazem parte da política habitacional emergencial amparada pela Lei 16.138/2024. Cada unidade tem 27m², estrutura de aço galvanizado e concreto, com dormitório, sala, cozinha conjugada, banheiro, móveis sob medida e eletrodomésticos. O investimento total é de R$ 83,3 milhões na aquisição de 625 Módulos Habitacionais Transportáveis (MHTs), que poderão ser reutilizados em futuras emergências. Após as 80 unidades entregues em Porto Alegre, estão previstas mais 105 em Eldorado do Sul e 20 em Rio Pardo.
Casas DefinitivasA política habitacional também prevê moradias permanentes. Canoas receberá 51 casas definitivas por meio do programa A Casa é Sua – Calamidade, com investimento de R$ 7,1 milhões. O terreno está em preparação e as obras devem durar 120 dias após a entrega.
O Plano Rio Grande segue como base da reconstrução estadual, com foco em fortalecer a resiliência das comunidades atingidas e garantir condições dignas de moradia para todos.
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