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Filhos mantêm corpo do pai em decomposição por até dois anos para seguir recebendo benefícios do INSS

  • Redação
  • 5 de jun.
  • 2 min de leitura

Caso chocante ocorreu na Ilha do Governador, no Rio; laudo do IML aponta que idoso pode ter morrido há até dois anos.



Um caso macabro com repercussão nacional voltou a ganhar destaque após a divulgação do laudo do Instituto Médico Legal (IML), que confirmou que o corpo do idoso Dário Antônio Raffaele D’Ottavio, de 88 anos, foi mantido por um período entre seis meses e dois anos dentro de uma casa localizada na Ilha do Governador, zona norte do Rio de Janeiro.

Segundo o laudo pericial, o corpo estava em estado avançado de decomposição. A análise aponta que não há indícios de morte violenta, porém a causa da morte não pôde ser determinada devido ao grau de deterioração. A constatação coincide com depoimentos de vizinhos que afirmaram não ver o idoso há cerca de dois anos, o que corrobora a hipótese de que os filhos ocultaram o cadáver por longo período.



Os filhos da vítima, Marcelo Marchese D’Ottavio e Tânia Conceição Marchese D’Ottavio, foram presos no último dia 21 de maio. Eles passaram por audiência de custódia em 24 de maio, ocasião em que a Justiça manteve a prisão preventiva.


casa onde corpo do idoso foi mantido por filhos para receber INSS
casa onde corpo do idoso foi mantido por filhos para receber INSS

Motivo: benefício do INSS

As investigações da 37ª Delegacia de Polícia (Ilha do Governador), conduzidas pelo delegado Felipe Santoro, revelaram que os filhos continuaram recebendo os benefícios do INSS do pai mesmo após sua morte. Dário recebia cerca de R$ 5 mil mensais, somando R$ 3,5 mil de aposentadoria e um salário mínimo de pensão por morte, acumulados legalmente antes da reforma da Previdência de 2019.

O crime só veio à tona após denúncias de vizinhos, que estranharam o sumiço do idoso. Durante diligências na residência do bairro Cocotá, os policiais localizaram o esqueleto da vítima em um dos quartos da casa.



Investigação segue em andamento

A Polícia Civil investiga se os filhos estavam realizando os saques bancários dos benefícios, o que configuraria fraude previdenciária e ocultação de cadáver. Até o momento, a defesa dos acusados não foi constituída.

O caso segue sob apuração, e a população aguarda novos desdobramentos dessa história que expõe uma das mais cruéis formas de crime familiar associada à obtenção de vantagem econômica.

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