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Exportações brasileiras cercadas: além dos EUA, outros países ameaçam tarifas e colocam economia à beira do colapso

  • Redação
  • 26 de jul.
  • 2 min de leitura

Governo enfrenta pressão internacional crescente; medidas tarifárias de EUA, África do Sul e risco de retaliações escancaram vulnerabilidade comercial do Brasil.

As exportações brasileiras enfrentam um dos momentos mais críticos das últimas décadas. O cerco internacional às mercadorias do país, liderado pelos Estados Unidos, ameaça derrubar setores inteiros da economia, provocar desemprego em massa e empurrar o Brasil para um colapso econômico sistêmico.

A crise se acentuou após o governo dos Estados Unidos anunciar tarifas de 50% sobre todos os produtos brasileiros, com vigência a partir de 1º de agosto de 2025. A medida, segundo o Departamento de Comércio norte-americano, é uma retaliação política disfarçada de questão comercial. Com isso, setores como químicos, suco de laranja, café e manufaturas já registram cancelamentos bilionários de contratos.

Contêineres de exportação brasileiros parados em porto diante de tarifas internacionais

Segundo estudo da Fiemg (Federação das Indústrias de Minas Gerais), os impactos podem ser devastadores: retração de até 1,49% no PIB, perda de até 1,9 milhão de empregos e redução nas exportações de mais de US$ 12 bilhões em 12 meses.

Mas os EUA não estão sozinhos.

Outros países já impuseram ou ameaçaram barreiras ao Brasil

  • África do Sul: Desde 2012, o país africano mantém tarifas antidumping de até 82% sobre o frango brasileiro, com forte impacto sobre a cadeia avícola nacional.

  • União Europeia: Ainda que de forma mais velada, há pressão para restrições ambientais e sanitárias sobre carne bovina e soja brasileiras. O risco é de imposição de tarifas verdes que encarecem ou até bloqueiem os produtos no continente.

  • China: Embora mantenha bom volume de comércio com o Brasil, a aplicação de barreiras técnicas e antidumping em setores como aço e celulose já causou desgaste, e analistas não descartam retaliações veladas, caso o Brasil adote barreiras comerciais contra produtos chineses, como já ocorreu no passado recente.

  • Índia e Indonésia: Ambos os países já sinalizaram barreiras ao açúcar brasileiro, alegando proteção de produtores locais.

Além desses, outros mercados da Ásia e Oriente Médio têm demonstrado resistência a produtos brasileiros por motivos sanitários, técnicos ou geopolíticos — o que amplia o grau de vulnerabilidade comercial do país.

Economia fragilizada e dependente de commodities

A base exportadora do Brasil ainda é altamente concentrada em commodities: soja, petróleo, minério de ferro, carne bovina e açúcar. Isso torna o país extremamente sensível a choques externos, como os que estão se intensificando neste momento. A ausência de uma indústria forte e competitiva agrava ainda mais o cenário.

Consequências já em curso:

  • Desvalorização do real frente ao dólar

  • Pressão inflacionária sobre alimentos e combustíveis

  • Alta nos juros para conter fuga de capitais

  • Redução de investimentos e perda de competitividade

Conclusão:

O Brasil vive um cerco tarifário internacional, com os EUA liderando uma ofensiva comercial que já impacta setores estratégicos e ameaça a estabilidade econômica do país. O governo federal tenta abrir diálogo com os norte-americanos e diversificar mercados, mas especialistas alertam que ações diplomáticas isoladas não serão suficientes. Sem uma política clara de proteção às exportações, modernização industrial e diversificação produtiva, o país pode entrar em um ciclo de estagnação econômica e desindustrialização irreversível.

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