Erro em Medicação Deixa Bebê em Coma em Hospital de Porto Alegre
- Redação
- 5 de jun.
- 2 min de leitura
Família denuncia superdosagem de metadona; Polícia Civil e hospital investigam caso.
Um bebê de um ano está em coma após receber uma dose dez vezes maior de metadona no pós-operatório de duas cirurgias no sistema digestivo em um hospital de Porto Alegre (RS). O caso aconteceu em maio e provocou uma parada cardiorrespiratória, resultando em danos neurológicos graves. A denúncia feita pela família levou à abertura de investigações pelo hospital e pela Polícia Civil.
Superdosagem de metadona é confirmada por documentos médicos
Segundo os familiares, a criança deveria receber 0,1 mg de metadona a cada seis horas, mas a dosagem foi aumentada para 0,8 mg no mesmo dia. Na noite do erro, a mãe encontrou o bebê sem respirar. A criança foi reanimada após cerca de oito minutos e entubada em estado crítico.
Relatórios médicos apontam que a superdosagem do medicamento está diretamente ligada ao colapso que levou o bebê ao coma. A equipe médica reconheceu o erro em uma reunião com os pais, admitindo que a falha causou lesões neurológicas significativas.
Hospital se pronuncia e afasta profissionais envolvidos
Em nota oficial, o hospital classificou o incidente como um “evento grave” e informou que afastou os profissionais envolvidos, embora não tenha divulgado nomes nem a quantidade de pessoas afastadas. A instituição declarou ainda que está revisando seus protocolos internos e que oferece apoio psicológico e médico contínuo à família.

“As medidas corretivas já começaram a ser implementadas, e o compromisso com a transparência está sendo mantido em todas as etapas da apuração”, afirma o comunicado.
Polícia Civil apura responsabilidades
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul está conduzindo uma investigação para apurar se houve negligência ou erro médico. O inquérito está em fase inicial e inclui a análise de documentação clínica e depoimentos da equipe de saúde.
A família, que prefere não se identificar publicamente, afirma que espera justiça e mais rigor nos procedimentos hospitalares para que situações como essa não se repitam. O quadro clínico do bebê ainda é considerado crítico e sem previsão de melhora.
Comments