Câncer de pele de Jair Bolsonaro é agressivo? Entenda diagnóstico e tratamento
- Redação
- 18 de set.
- 2 min de leitura
Ex-presidente foi diagnosticado com carcinoma de células escamosas in situ, tipo inicial de tumor cutâneo com baixo grau de agressividade.
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi diagnosticado com câncer de pele do tipo carcinoma de células escamosas in situ, conforme informou sua equipe médica nesta quarta-feira, 17. O tumor foi identificado após a análise de biópsias realizadas em oito lesões retiradas no último domingo. Duas delas apresentaram malignidade, mas os médicos esclareceram que não há necessidade de quimioterapia, apenas acompanhamento dermatológico.
De acordo com especialistas, o carcinoma de células escamosas in situ é considerado um estágio inicial da doença, pois está restrito à camada superficial da pele (epiderme), sem invasão de tecidos mais profundos. Isso significa que o grau de agressividade é muito baixo. “É um tumor curável apenas com a excisão cirúrgica”, explica a dermatologista Veridiana Camargo, da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo.

Prognóstico favorável e riscos futuros
O oncologista Flávio Brandão, da Oncoclínicas, destaca que, nesse estágio, o tumor não tem capacidade de invadir tecidos próximos nem de gerar metástases. Entretanto, caso não seja tratado, pode evoluir para o carcinoma espinocelular invasivo, uma forma mais agressiva que exige tratamento mais complexo.
O tempo de evolução varia, mas em geral o processo é lento, levando anos. Por isso, médicos reforçam a importância do diagnóstico precoce e da remoção imediata de lesões suspeitas.
Como identificar o carcinoma de células escamosas
A confirmação do diagnóstico só pode ser feita por biópsia, mas o tumor geralmente se apresenta como lesões avermelhadas, escamosas ou crostosas, que podem ser confundidas com dermatite ou psoríase. Em alguns casos, manifestam-se como feridas que não cicatrizam, o que aumenta o risco de atraso no diagnóstico.
Causas e tratamentos
Assim como outros tipos de câncer de pele, a principal causa é a exposição solar frequente e sem proteção. Pessoas de pele e olhos claros, idosos e pacientes com histórico de lesões cutâneas estão no grupo de maior risco.
O tratamento do carcinoma de células escamosas in situ é, na maioria dos casos, apenas a cirurgia para retirada da lesão. Alternativas como cauterização, crioterapia e medicamentos tópicos podem ser utilizadas em situações específicas, mas a remoção cirúrgica segue sendo o padrão-ouro.
Diferenças em relação a outros tipos de câncer de pele
Além do carcinoma escamoso, existem outros dois tipos principais de câncer de pele:
Carcinoma basocelular: o menos agressivo, com crescimento lento e baixo risco de metástase. Aparece geralmente como nódulos perolados ou pequenas feridas persistentes.
Melanoma: o mais agressivo, com grande risco de metástase precoce. Costuma surgir como manchas ou pintas escuras, de bordas irregulares e crescimento rápido.
O caso do câncer de pele de Jair Bolsonaro mostra a relevância da prevenção e do diagnóstico precoce. O uso diário de protetor solar, consultas regulares com dermatologista e a atenção a alterações na pele são medidas essenciais para reduzir riscos e garantir maior chance de cura.
_edited_edited.png)







Comentários