Crédito rural na safra 2024/25 já supera R$ 330 bilhões e cresce 11% em um mês
- Redação
- 8 de jun.
- 2 min de leitura
Com desembolsos liderados por custeio e investimento, Plano Safra 2024/2025 atinge 68% da meta e reforça adesão a CPRs como alternativa de financiamento.
Com um mês restante para o encerramento do Plano Safra 2024/2025, os desembolsos de crédito rural no país somaram R$ 330,93 bilhões entre julho de 2024 e maio de 2025. O número representa um avanço de 11% em relação ao mês anterior, segundo dados divulgados nesta quinta-feira (5) pelo Banco Central, com base no Sistema de Operações do Crédito Rural e do Proagro (Sicor/BCB).
O montante considera os financiamentos contratados e efetivamente liberados para todos os perfis de produtores rurais. Apenas no mês de maio, o Programa Nacional de Apoio ao Médio Produtor Rural (Pronamp) e demais produtores movimentaram R$ 273,84 bilhões — um acréscimo de R$ 27 bilhões em relação a abril.
Composição dos desembolsos
Do total liberado, destacam-se:
R$ 155,07 bilhões para operações de custeio;
R$ 56,97 bilhões para investimentos;
R$ 70,90 bilhões voltados à comercialização e industrialização.
Esses valores equivalem a cerca de 68% da meta programada para o ciclo atual e correspondem a 82% dos montantes liberados no mesmo período da safra anterior, quando foram atingidos R$ 332,50 bilhões.

CPRs ganham protagonismo no financiamento
O governo federal aponta que parte da diferença na comparação com a safra passada se deve ao aumento na utilização das Cédulas de Produto Rural (CPRs) como alternativa de financiamento. Entre julho de 2024 e abril de 2025, as emissões de CPRs totalizaram R$ 331,4 bilhões, sendo:
R$ 150,5 bilhões por meio de instituições financeiras;
R$ 180,9 bilhões por meio do mercado de capitais.
Esse volume é R$ 116,2 bilhões superior ao registrado no mesmo período da safra anterior.
Pronamp cresce em volume e contratos
O Pronamp teve desempenho positivo em todas as finalidades de crédito. Foram firmados 202.137 contratos, somando R$ 53,48 bilhões:
R$ 47 bilhões para operações de custeio (174.243 contratos);
R$ 6,48 bilhões para investimentos (27.894 contratos).
Fontes de recursos e saldo remanescente
Entre as fontes que apresentaram crescimento em relação à safra anterior, destacam-se:
Poupança Rural Controlada: +24%
Recursos equalizados do BNDES: +13%
Recursos Livres Equalizáveis: +181%
Poupança Rural Livre (juros não controlados): +113%
Ainda restam recursos a serem comprometidos:
29% nos programas de investimento com juros equalizados;
14% nas linhas de custeio e comercialização com recursos equalizáveis.
Os dados são provisórios, extraídos em 4 de junho, e serão definitivamente consolidados cerca de 35 dias após o fim do mês de referência.
Fonte: Agrolink
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